Por que os “inventores” dos objetos e processos que deflagraram o progresso e a civilização dos povos, nunca os patentearam? “Bem, porque não havia, na ocasião, nenhum órgão de registros e patentes”, dirá o cidadão que adora obviedades. Não havia mesmo, é evidente. Mas por que o nome desses anônimos “descobridores” não se fixaram na memória de seus descendentes, até chegar a nós? Porque sua intenção, certamente, não era a busca de notoriedade, mas de proporcionar conforto e segurança para eles mesmos e para as comunidades em que viviam. A fama, certamente, nunca os seduziu. E muito menos a intenção de enriquecer com ela. Esta, pelo menos, é a ilação mais lógica que se pode extrair do seu anonimato. Afinal de contas, o que é a “descoberta”? Um dos que fizeram esta pergunta foi o gênio da Literatura universal, o poeta alemão Johann Wolfgang Goethe, que lhe acrescentou o seguinte: “E quem pode dizer que descobriu isto ou aquilo? Que grande loucura é afinal alardear a prioridade nesta matéria. Porque não querer confessar abertamente o plágio é arrogância e inconsciência”. De fato, é.
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