O homem é predador por excelência. Porém, sem que se aperceba, é, simultaneamente, presa. Considero sumamente cruel a lei natural que determina que a sobrevivência de determinada espécie (não importa qual) dependa, inexoravelmente, da extinção de algum tipo de vida. Quem se alimenta de pedra? Ninguém, não é mesmo?. O homem tem por alimento, exclusivamente, seres vivos (animais e vegetais), aos quais mata para assegurar a sobrevivência. Todos os animais, incluindo aí os insetos, agem dessa maneira. Daí a vida se constituir nessa constante batalha entre predador e presa. O homem, porém, é o único ser vivo que mata espécimes da própria espécie sem ser para se proteger. José de Alencar, no romance “A Pata da Gazela”, destaca essa cruel e inexorável realidade, ao constatar: “O que somos nós afinal de contas? Uma presa; enquanto vivos, a presa das moléstias e das paixões próprias ou alheias; depois de mortos, a presa dos vermes ou das chamas”.
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