O cronista mineiro, Paulo Mendes Campos, descreve, numa de suas tantas crônicas, o cenário ideal para a imaginação voar livre e veloz, em busca de dimensões e de mundos ideais. Em uma delas, intitulada “De um caderno cinzento”, datada de 17 de agosto de 1967, publicada na Revista Manchete, pincei este trecho que se refere ao cenário ideal para essas “viagens”: “Céu azul não conhece fronteira de sombra; céu azul é indispensável antes de tudo aos cegos; azul do céu não é cor, mas uma qualidade do mundo, uma luminosidade apreensível por todos os sentidos, fragrância, convivência mais delicada, concerto de sons, transparência do universo”. Como se vê, a imaginação é, mesmo, veloz, imprevisível e não raro dispersiva e caótica. Por isso, precisa ser direcionada, e sempre, para o lado positivo e belo da vida. Se fizermos o contrário, conheceremos o inferno e seus incontáveis sofrimentos. Tem, por isso, como campo preferido de atuação, o espaço infinito, ou seja, a imensidão sem limites, o céu sem fronteiras.
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