Às vezes, encontro mais filosofia e verdade em romances, aos quais não damos devida importância (por acharmos que se trata de leitura de mero lazer) do que nas elucubrações cada vez mais neuróticas e confusas dos filósofos contemporâneos, emaranhados nos tantos (e desnecessários) jargões que criaram, para tornar suas obras inacessíveis ao “vulgo” comum. É o caso, por exemplo, deste trecho do livro “Balada Africana”, do escritor sul-africano Stuart Cloete (a edição que tenho em meu poder é a da Boa Leitura Editora, com tradução de Raul de Polillo), que diz: “O maior de todos os parasitas é o homem que vive de todas as coisas vivas. Das coisas que crescem; das coisas que correm; das coisas que voam; e das coisas que nadam. O homem consome-as todas. Consome os seus próprios semelhantes na guerra; mas não sabe disso. Porque não são apenas os canibais que comem os corpos de homens”. E está errado o romancista sul-africano? Infelizmente, não!
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