Pedro J. Bondaczuk
“A relação entre homem e mulher será sempre sexuada. O homem é homem e a mulher é mulher. Será sempre uma relação pessoal, de uma pessoa feminina com uma pessoa masculina, e não precisa, necessariamente, intervir a sexualidade de ambos. Não precisa assumir a forma amorosa, mas ser apenas a maravilhosa relação pessoal entre o homem e a mulher”.
Esta lúcida afirmação não é minha (por isso, grafei-a entre aspas), mas do filósofo espanhol Julián Marias – que assinava o sobrenome da mãe, Aguilera, como costume na Espanha, e que morreu em dezembro de 2005, aos 91 anos de idade, e foi tido e havido como o principal discípulo do também filósofo, seu conterrâneo, José Ortega y Gasset – em matéria publicada no “Caderno de Sábado”, do “Jornal da Tarde” de São Paulo, publicada em 5 de dezembro de 1987.
Há algum erro ou contradição nessa afirmativa? Existe, nela, o mínimo laivo de machismo ou de menosprezo pela condição feminina? Claro que não, embora alguns entendam, equivocadamente, que sim. Marias (que ao lado de Gasset é dos poucos filósofos que compreendo, sem precisar recorrer a dicionários e, portanto, admiro, pela clareza e exatidão de suas propostas) não quis dizer (e não disse) que o homem seja superior à mulher, ou vice-versa. Limitou-se a constatar o óbvio (algo difícil de muitos entenderem): são diferentes. E viva a diferença! Caso não a houvesse, sequer existiríamos.
Por mais que respeite as mulheres (e as respeito profundamente), e as ame (amo-as de paixão), jamais cometeria a heresia de tratá-las da mesma forma que trato os homens (muitas reclamam essa igualdade de tratamento). Por que? Por machismo? Por menosprezo? Jamais! Por reverência!
Óbvio que essa forma diferente de tratamento não implica em subtrair da mulher seus mais comezinhos direitos, como o da igualdade no trabalho, no lar, na escola e em todo e qualquer lugar. Não implica em questionar sua competência em nenhum setor da vida apenas por causa da diferença de gênero, até porque essa não depende de sexo, de raça, de crença ou seja lá do que for. Não implica em tratá-la como perpétua criança ou como “propriedade” masculina, como não faz muito era costume (alguns imbecis ainda agem assim mundo afora).
Para mim, as mulheres sempre serão diferentes e ficaria aflito e infeliz se assim não fosse. Uma dessas diferenças, por exemplo, é do ponto de vista estético. Não consigo, por mais que tente, ver beleza no homem. Para o meu gosto pessoal, beleza é prerrogativa exclusivamente feminina. Por mais que uma mulher possa ser considerada “feia”, na comparação com muitas outras, ainda assim, para mim, sempre será mais bela do que o mais bonito dos homens. Preconceito? Creio que não. Entendo que se trate de bom-gosto. Em todo o caso... que atire a primeira pedra quem achar que estou errado.
Outrossim, não me entra na cabeça o fato de um homem, que queira merecer esse nome (não confundir com o meramente “macho”, pois o cão, o gato e o veado também o são) agredir qualquer mulher, não importa o motivo. E essa desgraça ocorre, ainda, pelo mundo afora, na maioria das vezes impune, ou com punições que descambam para o ridículo. Isso é absolutamente inconcebível. Recentes estatísticas revelam que, apenas nos Estados Unidos, a cada vinte segundos, em média, uma mulher é agredida. E no Brasil?
Outra coisa que não compreendo (e, obviamente, com a qual jamais irei concordar) é quando duas pessoas, que exerçam a mesmíssima função, são remuneradas de forma diferenciada, apenas por serem de sexos diferentes. No caso, as mulheres continuam ganhando menos. E são preteridas em promoções, sobretudo quando se trata de alguma chefia. E são discriminadas na política. O Brasil, em 509 anos de História, nunca teve uma mulher no comando do País. Qual a razão objetiva? Nenhuma! Puro preconceito (aqui, sim, cabe essa constatação).
Eu, como editor (e, portanto, chefe da minha editoria), sempre preferi (e continuarei preferindo) trabalhar com repórteres femininas. Por que? Por razões puramente práticas. Salvo exceções, elas sempre se mostraram mais objetivas, mais assíduas, mais dinâmicas, mais caprichosas, mais responsáveis, criativas e sensíveis. E afirmo isso do alto de mais de quarenta anos de experiência.
Creio que deixei clara minha posição. Quanto aos direitos, defendo (e sempre defenderei) que as mulheres têm e sempre deverão ter, sem qualquer exceção, os mesmíssimos do homem, quer no trabalho, quer no lar, na igreja, na escola, na sociedade etc. Já quanto ao tratamento, pelo menos da minha parte, este será sempre e sempre diferenciado, com mais respeito, mais afeto, mais ternura e mais admiração pelas mulheres. Quem achar que estou equivocado... atire a primeira pedra.
“A relação entre homem e mulher será sempre sexuada. O homem é homem e a mulher é mulher. Será sempre uma relação pessoal, de uma pessoa feminina com uma pessoa masculina, e não precisa, necessariamente, intervir a sexualidade de ambos. Não precisa assumir a forma amorosa, mas ser apenas a maravilhosa relação pessoal entre o homem e a mulher”.
Esta lúcida afirmação não é minha (por isso, grafei-a entre aspas), mas do filósofo espanhol Julián Marias – que assinava o sobrenome da mãe, Aguilera, como costume na Espanha, e que morreu em dezembro de 2005, aos 91 anos de idade, e foi tido e havido como o principal discípulo do também filósofo, seu conterrâneo, José Ortega y Gasset – em matéria publicada no “Caderno de Sábado”, do “Jornal da Tarde” de São Paulo, publicada em 5 de dezembro de 1987.
Há algum erro ou contradição nessa afirmativa? Existe, nela, o mínimo laivo de machismo ou de menosprezo pela condição feminina? Claro que não, embora alguns entendam, equivocadamente, que sim. Marias (que ao lado de Gasset é dos poucos filósofos que compreendo, sem precisar recorrer a dicionários e, portanto, admiro, pela clareza e exatidão de suas propostas) não quis dizer (e não disse) que o homem seja superior à mulher, ou vice-versa. Limitou-se a constatar o óbvio (algo difícil de muitos entenderem): são diferentes. E viva a diferença! Caso não a houvesse, sequer existiríamos.
Por mais que respeite as mulheres (e as respeito profundamente), e as ame (amo-as de paixão), jamais cometeria a heresia de tratá-las da mesma forma que trato os homens (muitas reclamam essa igualdade de tratamento). Por que? Por machismo? Por menosprezo? Jamais! Por reverência!
Óbvio que essa forma diferente de tratamento não implica em subtrair da mulher seus mais comezinhos direitos, como o da igualdade no trabalho, no lar, na escola e em todo e qualquer lugar. Não implica em questionar sua competência em nenhum setor da vida apenas por causa da diferença de gênero, até porque essa não depende de sexo, de raça, de crença ou seja lá do que for. Não implica em tratá-la como perpétua criança ou como “propriedade” masculina, como não faz muito era costume (alguns imbecis ainda agem assim mundo afora).
Para mim, as mulheres sempre serão diferentes e ficaria aflito e infeliz se assim não fosse. Uma dessas diferenças, por exemplo, é do ponto de vista estético. Não consigo, por mais que tente, ver beleza no homem. Para o meu gosto pessoal, beleza é prerrogativa exclusivamente feminina. Por mais que uma mulher possa ser considerada “feia”, na comparação com muitas outras, ainda assim, para mim, sempre será mais bela do que o mais bonito dos homens. Preconceito? Creio que não. Entendo que se trate de bom-gosto. Em todo o caso... que atire a primeira pedra quem achar que estou errado.
Outrossim, não me entra na cabeça o fato de um homem, que queira merecer esse nome (não confundir com o meramente “macho”, pois o cão, o gato e o veado também o são) agredir qualquer mulher, não importa o motivo. E essa desgraça ocorre, ainda, pelo mundo afora, na maioria das vezes impune, ou com punições que descambam para o ridículo. Isso é absolutamente inconcebível. Recentes estatísticas revelam que, apenas nos Estados Unidos, a cada vinte segundos, em média, uma mulher é agredida. E no Brasil?
Outra coisa que não compreendo (e, obviamente, com a qual jamais irei concordar) é quando duas pessoas, que exerçam a mesmíssima função, são remuneradas de forma diferenciada, apenas por serem de sexos diferentes. No caso, as mulheres continuam ganhando menos. E são preteridas em promoções, sobretudo quando se trata de alguma chefia. E são discriminadas na política. O Brasil, em 509 anos de História, nunca teve uma mulher no comando do País. Qual a razão objetiva? Nenhuma! Puro preconceito (aqui, sim, cabe essa constatação).
Eu, como editor (e, portanto, chefe da minha editoria), sempre preferi (e continuarei preferindo) trabalhar com repórteres femininas. Por que? Por razões puramente práticas. Salvo exceções, elas sempre se mostraram mais objetivas, mais assíduas, mais dinâmicas, mais caprichosas, mais responsáveis, criativas e sensíveis. E afirmo isso do alto de mais de quarenta anos de experiência.
Creio que deixei clara minha posição. Quanto aos direitos, defendo (e sempre defenderei) que as mulheres têm e sempre deverão ter, sem qualquer exceção, os mesmíssimos do homem, quer no trabalho, quer no lar, na igreja, na escola, na sociedade etc. Já quanto ao tratamento, pelo menos da minha parte, este será sempre e sempre diferenciado, com mais respeito, mais afeto, mais ternura e mais admiração pelas mulheres. Quem achar que estou equivocado... atire a primeira pedra.
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