Wednesday, March 11, 2009

REFLEXÃO DO DIA


Podemos construir um futuro (individual e coletivo) promissor e tornar concretos aqueles sonhos e ideais, de igualdade, fraternidade, prosperidade e paz, pelos quais tanto nos empenhamos na juventude? Sozinhos, jamais! Em tese, porém, é possível vencer esse desafio, coletivamente, mas, para tanto, teríamos que satisfazer tantas condições que a tarefa raia à impossibilidade. A humanidade, por exemplo, teria que remar (pelo menos a imensa maioria) na mesmíssima direção, sem privilégios ou exceções. As pessoas teriam que trocar seu renitente individualismo (para não dizer, egoísmo) atual, por absoluto altruísmo. Todos teriam que ser educados para atuar coletivamente, tendo em vista, sempre, o bem comum. Seria necessária, também, a consciência da importância de se zelar pelo meio-ambiente, abrindo mão de determinados confortos e facilidades, em troca da pureza do ar e da água e da preservação das florestas. Outra coisa indispensável seria deter a atual e incontrolável explosão demográfica. O mundo está chegando ao limite para prover alimentos para 6,7 bilhões de bocas, que não param de se multiplicar. A paternidade, ademais, teria que ser responsável e só deveria gerar filhos quem tivesse absoluta capacidade de lhes dar sustento e educação conveniente. E estas seriam condições mínimas para que a humanidade pudesse escapar da catástrofe anunciada, que se avizinha mais e mais, sem que governos, povos e comunidades sequer se dêem conta. Caminhamos para o abismo, como fazem os lêmures quando há superpopulação da espécie, num instintivo e inevitável suicídio coletivo. Tudo tem um limite e o número de habitantes também deve ter. Victor Hugo alertou, certa feita, em um dos memoráveis textos que nos legou: “O futuro é um edifício misterioso que levantamos na terra com as próprias mãos, e que mais tarde deverá servir-nos a todos de moradia”. Ou seja, trata-se de obra coletiva, posto que com a indispensável contribuição individual de cada um dos 6,7 bilhões de terráqueos, em que não pode haver privilegiados e nem omissos.

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