Saturday, March 28, 2009

REFLEXÃO DO DIA


O nosso nascimento é a culminância de um processo que começou num tempo remotíssimo, que ninguém tem ciência de “quando” e “como” começou, por não haver o mínimo registro dessa origem. Todavia, a lógica indica que somos descendentes diretos do casal original (foi Adão e Eva? Foi outro? Qual?) que um dia surgiu sobre a Terra. Se ele não existisse, não estaríamos aqui, encarando essa aventura fascinante e misteriosa, da qual desconhecemos o epílogo (embora possamos intuir). Arthur Schopenhauer (citado por Jorge Luiz Borges no livro “História da Eternidade”), levanta, a respeito, instigante questão, que pode não ser prática (e não é), mas que não deixa de ser interessante para reflexão. O filósofo alemão constata, para em seguida indagar: “Uma infinita duração precedeu ao meu nascimento: o que fui eu enquanto isso?”. Nada?! Não pode ser! Afinal, pela lei de transformação da matéria, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Ademais, só vida pode gerar outra vida. Portanto, existo não a partir da minha concepção (e muito menos do meu nascimento), mas desde o instante em que o primeiro casal humano passou a existir. Ou estou errado?

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