Existe alguma receita infalível para uma vida útil, produtiva e feliz? Sim, existe. Todavia, embora pareça simples e óbvia, não é tão fácil assim de ser posta em prática. Por que? Por causa da nossa tendência de complicar todas as coisas. A simplicidade nos assusta e gera desconfiança de que, se as coisas parecem (ou são) muito simples, há algo de errado com elas, mesmo, e principalmente, que não haja. O mais prático e lógico é tratar cada dia como se fosse miniatura de uma vida. Ou seja, que tenha começo, meio e fim. O ontem e o amanhã devem ser completamente ignorados e permanecer em compartimentos estanques e indevassáveis. Nosso empenho no novo dia deve ser o máximo, total e absoluto. Tudo o que fizermos, seja lá o que for, tem que ser feito da melhor forma que soubermos, indo, para isso, ao limite das nossas forças e capacidades, caso se faça necessário. Por isso, não devemos deixar pendências para amanhã. Tudo o que tiver que ser resolvido, tem que o ser nestas 24 horas e apenas nelas. No dia seguinte, a receita é exatamente a mesma. E isso tem que ser repetido por todos os anos da nossa vida, sem nenhuma exceção. Mas você conhece quem aja dessa maneira? Eu não conheço! E, no entanto, esse procedimento é para lá de óbvio. O mal é que, não apenas deixamos assuntos pendentes, de um dia para o outro, como levamos para ele os erros e bobagens cometidos na véspera, quando o sensato seria esquecê-los de vez, como se jamais tivessem sido cometidos. O filósofo norte-americano, Ralph Waldo Emerson, resume essa “receita” de bem viver da seguinte forma: “Termine cada dia e largue-o. Você fez o que pôde. Sem dúvida alguns erros e disparates se insinuaram nele; esqueça-os o mais depressa que puder. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serenamente e com o ânimo bastante alto para não se deixar estorvar por suas tolices passadas”. Que tal tentarmos viver dessa forma?
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