O bem e o mal duelam entre si no fundo da nossa mente (quer no plano consciente, quer no sub e no inconsciente), desde o momento em que tomamos consciência de nós e do mundo que nos cerca, até o instante da absoluta inconsciência, que é a morte. Nem sempre, contudo, um e outro se manifestam em atos. Todas nossas atividades intelectuais, ou seja, as artes, a filosofia e a religião, são diretamente determinadas por essa incessante competição. John Steinbeck, no livro “A Leste do Éden”, levanta pitoresca questão a propósito, na qual eu não havia cogitado. Sugere que, intrinsecamente, somos, até por instinto, bons e virtuosos. O mal, por seu turno, na visão do romancista, precisa, a todo o momento, ser ressuscitado, quando não reinventado. As pessoas descobrem, volta e meia, novas formas de maldade e corrupção e desenvolvem novos vícios, enquanto a moral e a virtude permanecem intactas em sua perfeição. Concordo, pois, com Steinbeck a esse propósito..
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