Friday, December 15, 2006

REFLEXÃO DO DIA


Machado de Assis é um exemplo de vencedor. Não tinha nenhum dos ingredientes artificiais para a fama. Mas contava com o essencial. Era dotado de um talento inato, genuíno, que não podia ser negado nem pelo mais estúpido dos estúpidos. O crítico Moacir Amâncio observou: "Machado de Assis, um vencedor, foi grande romancista da impotência. Pobre, mulato, baixinho, epiléptico, gago e feio, deu-se bem. Não virou contínuo nem faxineiro, mas diretor de repartição e conseguiu se tornar o maior prosador da língua portuguesa. Sua genialidade no trato do idioma só encontra páreo nos melhores momentos de Camilo". Este sim foi um bem-sucedido. O tempo apenas consolidou seu sucesso. Por isso, quem tiver talento, de fato, for determinado e souber aproveitar oportunidades, tem condições de obter resultado parecido. Talvez não tão completo, mas ainda assim, sucesso.

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