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Pedro J. Bondaczuk
Trigal dourado, que balança, suave,
em dança harmônica, ritmada.
Mar vegetal. Ondas embaladas
pela brisa primaveril
das lembranças da infância.
Pássaros brincam de amar,
em simétricas circunvoluções
e em alegres, espontâneos trinados,
compondo cenário singular de sonhos.
Perfume adocicado de saudades
embalsama o ar, que treme,
em fervura, sob o efeito
dos cálidos raios de sol.
A memória sai à luz,
em lento, descuidado passeio
pelos campos da recordação,
pelo lago, cristalino, brilhante
onde apenas círculos concêntricos,
sucessivos e regulares,
quebram a simetria do cenário.
Horizontina natal, dos meus verdes
seis anos, preservada
da decadência, imutável e bela,
Horizontina dos vastos horizontes,
meu cantinho místico e particular
no vasto e infinito universo:
Quero preservá-la assim, recanto sem par,
na magia frágil deste espontâneo verso!!!
(Poema composto em 29 de dezembro de 2004 em Campinas).
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