Saturday, May 20, 2006
Tributo a Horizontina
Pedro J. Bondaczuk
Trigal dourado, que balança, suave,
em dança harmônica, ritmada.
Mar vegetal. Ondas embaladas
pela brisa primaveril
das lembranças da infância.
Pássaros brincam de amar,
em simétricas circunvoluções
e em alegres, espontâneos trinados,
compondo cenário singular de sonhos.
Perfume adocicado de saudades
embalsama o ar, que treme,
em fervura, sob o efeito
dos cálidos raios de sol.
A memória sai à luz,
em lento, descuidado passeio
pelos campos da recordação,
pelo lago, cristalino, brilhante
onde apenas círculos concêntricos,
sucessivos e regulares,
quebram a simetria do cenário.
Horizontina natal, dos meus verdes
seis anos, preservada
da decadência, imutável e bela,
Horizontina dos vastos horizontes,
meu cantinho místico e particular
no vasto e infinito universo:
Quero preservá-la assim, recanto sem par,
na magia frágil deste espontâneo verso!!!
(Poema composto em 29 de dezembro de 2004 em Campinas).
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