Wednesday, January 18, 2012







Silente apelo

Pedro J. Bondaczuk

Ouve, doce amada, minha voz com confiança.
Atende meu desesperado apelo, silente e mudo.
Abstraia-se da distância, do esquecimento, de tudo.
Valorize todo e cada ínfimo retalho de lembrança.

Vastos continentes não podem nos separar;
Vibra no espaço nossa particular canção.
Alcanço-a onde estiver, nas montanhas ou no mar,
pois nada detém esta imbatível imaginação.

Ama-me sempre, com a costumeira paixão,
posto que, às vezes, apenas em pensamento,
potencialize, agora, essa imortal emoção,
infalível antídoto do cruel esquecimento

Tenho-a presente, no que penso ou faço.
Tê-la ao meu lado, é pelo que eu luto.
Abstraio, a cada segundo, tempo e espaço.
Não me separo de você um só minuto.

Não me esqueça, não me expurgue da lembrança,
aplaque esta minha incontrolável ânsia,
renove minha já enfraquecida esperança,
remova o incômodo obstáculo da distância.

Ouve, doce amada, minha voz na voz do vento.
Minha voz só sussurrada, tão frágil assim.
Devolva-me serenidade, alegria e alento:
e, por favor, nunca se esqueça de mim.

(Poema composto em Campinas, em 17 de janeiro de 2012)

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