Memória
Pedro J. Bondaczuk
Hábil alquimista.
Detém segredos da
transmutação:
transforma o chumbo,
do cotidiano banal,
em pepitas de ouro,
lembranças inapreciáveis.
Velha louca que
“joga comida fora
e guarda, diligente,
inúteis trapos velhos”.
Mágica senhora do tempo,
seletiva e soberana.
que congela beleza e afetos.
Grava-os,
a ferro e fogo,
em cada milímetro
da carne.
Sereia, de canto enganoso,
aliciador e mavioso.
Hipnotiza e seduz,
narcotiza e enlouquece,
confunde passado e presente.
Entidade do bem e do mal,
da ilusão e da verdade.
Conserva, em tempero e sal,
cada renitente saudade.
Não sei se anjo ou demônio,
se de derrota ou vitória,
mas é único patrimônio:
por isso, a bendigo, memória.
(Poema composto em Campinas, em 6 de janeiro de 2012).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Hábil alquimista.
Detém segredos da
transmutação:
transforma o chumbo,
do cotidiano banal,
em pepitas de ouro,
lembranças inapreciáveis.
Velha louca que
“joga comida fora
e guarda, diligente,
inúteis trapos velhos”.
Mágica senhora do tempo,
seletiva e soberana.
que congela beleza e afetos.
Grava-os,
a ferro e fogo,
em cada milímetro
da carne.
Sereia, de canto enganoso,
aliciador e mavioso.
Hipnotiza e seduz,
narcotiza e enlouquece,
confunde passado e presente.
Entidade do bem e do mal,
da ilusão e da verdade.
Conserva, em tempero e sal,
cada renitente saudade.
Não sei se anjo ou demônio,
se de derrota ou vitória,
mas é único patrimônio:
por isso, a bendigo, memória.
(Poema composto em Campinas, em 6 de janeiro de 2012).
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