Antecipação
Pedro J. Bondaczuk
Ouve, doce amada, minha voz
no diapasão do silêncio,
no sussurro suave da brisa,
nos indistintos sons noturnos.
Ouve e sente a incontida angústia,
incontrolável frustração,
sensação ingrata, dolorosa
que me causa sua ausência.
Sinta, doce amada, meus lábios
ávidos à procura dos seios
com aroma embriagador
de nardos, miosótis e jasmins.
Sinta minha língua ágil,
cobra sem peçonha
a acariciar os biquinhos
róseos, rígidos e túrgidos,
gloriosos mananciais
de leite, mel e desejos
na tensíssima antecipação do coito.
Sinta minhas mãos fortes, mas trêmulas,
a passearem, tensas, por seu corpo,
rijo, posto que com a maciez
do mais macio, delicado veludo,
a esquadrinharem, afoitas,
secretos e recônditos
recantos, para desvendar
segredos dessa fonte de delícias.
(Poema composto em Campinas, em 27 de setembro de 2008).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Ouve, doce amada, minha voz
no diapasão do silêncio,
no sussurro suave da brisa,
nos indistintos sons noturnos.
Ouve e sente a incontida angústia,
incontrolável frustração,
sensação ingrata, dolorosa
que me causa sua ausência.
Sinta, doce amada, meus lábios
ávidos à procura dos seios
com aroma embriagador
de nardos, miosótis e jasmins.
Sinta minha língua ágil,
cobra sem peçonha
a acariciar os biquinhos
róseos, rígidos e túrgidos,
gloriosos mananciais
de leite, mel e desejos
na tensíssima antecipação do coito.
Sinta minhas mãos fortes, mas trêmulas,
a passearem, tensas, por seu corpo,
rijo, posto que com a maciez
do mais macio, delicado veludo,
a esquadrinharem, afoitas,
secretos e recônditos
recantos, para desvendar
segredos dessa fonte de delícias.
(Poema composto em Campinas, em 27 de setembro de 2008).
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