Há uma palavra que designa aquela que deveria ser encarada como uma das maiores (senão a maior) das virtudes humanas e que, no entanto, dado seu uso inadequado e distorcido, chega a causar arrepios, quando não náuseas, em muitas pessoas. Refiro-me ao termo “moral”. Não há como contestar a necessidade desse conceito em qualquer sociedade, seja familiar ou nacional. Trata-se de um conjunto de normas tácitas, implícitas, gerais e universais que, se respeitado, assegura os bons costumes sociais e a própria civilização. Contudo, em nome da moral foram, são e infelizmente serão cometidos os maiores crimes e as mais covardes perseguições, notadamente em tempos de guerra. Esse uso inadequado e distorcido desgastou, sem dúvida, a palavra, embora não deva e nem possa desgastar, e nem negar a necessidade da sua prática. Trata-se do freio indispensável à animalidade humana, aos baixos instintos e à prevalência da força sobre a razão. É, pois, imprescindível.
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