Quem ama e tem a ventura de ser correspondido deve estar sempre atento e cuidar com o máximo zelo desse amor. Precisa acautelar-se com o que (e como) diz, o que faz ou o que deixa de fazer. Trata-se de um sentimento, sobretudo, paradoxal: encerra a máxima força que trazemos em nós e, no entanto, tem a fragilidade de um cristal. Uma vez quebrado, não há como reparar. E o arrependimento, quando surge... é tardio. Zelo e devoção são as atitudes mais sensatas face à pessoa amada. E, sobretudo, constância. Uma palavra mal colocada, ou mal-interpretada, pode pôr tudo a perder. Um ato impensado, então, é muito pior. Exagero? Não queira testar se isso é verdade ou não. O escritor Inácio Dantas faz a seguinte recomendação aos amantes (provavelmente, baseado em experiência própria): “Cuide de quem ama com zelo e devoção. Pode ser uma eternidade para encontrar um grande amor, mas pode ser um segundo o tempo para perdê-lo”. Não é temerário, portanto, correr tamanho (e desnecessário) risco? Claro que sim!
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