Wednesday, July 15, 2009

REFLEXÂO DO DIA


A vida, evento aparentemente raro na vastidão do universo, é farta, abundante e profícua neste nosso planetazinha azul, tão judiado e maltratado pelos insensíveis e insensatos. Há bilhões de espécies de animais, insetos e vegetais (algumas impossíveis de serem vistas a olho nu) já catalogadas. Constantemente, os biólogos descobrem novas, até então desconhecidas (e não raro exóticas) formas de vida. Contudo, todas, sem exceção, estão adstritas às mesmíssimas regras, e a idêntico ciclo, impostos pela natureza: nascimento, desenvolvimento, acasalamento, reprodução e morte. Não precisamos, pois, procurar muito para encontrar vida ao nosso redor. Mesmo quando achamos que estamos sós, há sempre algum ser vivo, animal ou vegetal, nos fazendo companhia, sem que nos venhamos a dar conta. O poeta português, Alberto de Serpa, expressa, nestes versos do poema “Riqueza”, a inutilidade e os riscos dessa procura: “Por parques e praças/ruas e travessas,/tu, meu olhar, caças/a vida. E tropeças.”.

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