Thursday, July 09, 2009

REFLEXÂO DO DIA


O chamado “espírito social”, ou seja, o conjunto de valores, regras, tradições, conhecimentos, cultura etc. de determinada sociedade, é sempre obra coletiva. É a soma dessas características, inerentes a cada indivíduo, que compõe a perfeição ou a fragilidade de quaisquer comunidades, quer locais, quer nacionais, quer regionais, quer (por extensão), planetárias. O líder budista, e primeiro presidente da organização Soka Gakkai Internacional, Tsunesaburo Makiguti, observa, com inegável lucidez, em seu livro “Geografia da Vida Humana”: “O cérebro da pessoa é uma célula que faz parte de um outro cérebro mais vasto e orgânico, que é o da coletividade, e as ações individuais estimulam umas às outras e se comunicam até que todos os membros, trabalhando juntos, dão nascimento ao espírito social”. Se este é justo, humano e, sobretudo, solidário, os méritos, evidentemente, são coletivos e têm que ser repartidos proporcionalmente por todos os membros dessa sociedade. Caso seja distorcido, excludente e egoísta, que privilegie o mais forte em detrimento do mais fraco, o demérito é, pois, igualmente generalizado. Afinal, o grupo social inteiro tem culpa por incorporar (e sancionar, tacitamente) comportamentos distorcidos, quando não aberrantes, de alguns, com a anuência ou omissão da maioria, quando não de todos.

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