A vida pode ser comparada a uma escola, na qual jamais nos graduamos. Quanto mais aprendemos, mais temos a aprender, num aprendizado que nunca tem fim. Nossas primeiras lições – aparentemente triviais, mas indispensáveis à sobrevivência – consistem em aprendermos a nos alimentar, sugando, corretamente, o seio da mãe; a erguer sozinhos a cabeça; a sentar; a engatinhar e, finalmente, a andar. Às vezes, esse aprendizado é traumático e doloroso. Outras tantas, é envolvido em estimulantes prazeres. Mas sempre aprendemos, do berço à tumba. E quando morremos, deixamos infinitas lições para trás. Todavia, o mais importante acontecimento da nossa vida é quando nos conscientizamos do nosso “eu”. É somente a partir daí que começamos a exercitar, de fato, nossa racionalidade. Claro que as conseqüências dessa lição nunca são iguais para todos. Alguns, ficam felizes por adquirirem a capacidade de entender e usufruir da beleza que os cerca. Outros, porém, decepcionam-se com a descoberta de que não passam de animais, posto que racionais. Concordo, pois, com Leon Tolstoi quando afirma: “O mais importante acontecimento da vida de um homem é o momento em que se torna consciente do seu eu; as conseqüências disto podem ser as mais benéficas ou as mais terríveis”.
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