Trocamos, amiúde, o Deus dos nossos pais (cuja “morte” alguns tolos chegaram a “decretar”, como se isso fosse possível), por ritos vazios e tolos, quando não pelos consultórios cada vez mais abarrotados de psiquiatras e cada vez mais frequentemente, por salas de adivinhos, de charlatães e exploradores da ingenuidade alheia de toda a espécie e nos julgamos modernos e sofisticados. Não há, pois, como refutar a contundente constatação de Morris West, no romance “Arlequim”, que escreve: “Existe muito de insensatez em nossa existência...Vivemos por fantasias e fragmentos de realidade. Destruímos os princípios tribais e nos condenamos à solidão das cidades. Esforçamo-nos arduamente para conquistar coisas supérfluas e depois lançamo-nos a batalhas sangrentas para defender o de que não precisamos. Acumulamos dinheiro e depois depreciamos o que possuímos”. Insensatos, é o que, na verdade, somos, não raro travestidos de realistas, pragmáticos, quando não sábios.
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