Pedro J. Bondaczuk
Quais deveriam ser os princípios fundamentais, as normas gerais, as regras fundamentais, uma espécie de “Constituição”, de lei das leis de uma conduta reta, para que tivéssemos uma vida saudável, produtiva, sem conflitos e, sobretudo, longa?
O escritor russo, Anton Tchekov, definiu, com meridiana clareza, simplicidade e precisão, quais deveriam ser esses fundamentos (e concordo com ele). Afirmou, num de seus tantos textos: “Deve-se ser mentalmente claro, moralmente puro e fisicamente asseado”.
Convenhamos, raramente temos clareza mental. Poucas vezes conseguimos sequer definir, por exemplo (nem mesmo para nós próprios quanto mais para os outros) o que de fato queremos da vida. Mudamos, a todo o instante, nossas vontades, projetos e aparentes convicções, que se vêem, amiúde, abaladas por meras aparências, por teorias sem comprovação e por dúvidas mil que nos assaltam por temermos nos conhecer a fundo, assustados com o que possamos vir a descobrir.
Mas, sem clareza mental, não vamos a lugar algum. Andamos em círculos, desperdiçando nosso maior capital, o tempo, sem que sequer nos apercebamos de tão insensato desperdício. Ter um objetivo claro e saber porque queremos atingi-lo é essencial para definirmos um rumo. Como chegaremos a algum lugar se desconhecermos até o caminho que nos leva a ele?
Quanto à pureza moral... O que, de fato, ela significa? Cada povo, e cada época estabelecem, sem muito critério (não raro, sem nenhum), muitas vezes de forma até aleatória, o que é certo e o que é errado, em termos de conduta, naquela comunidade e naquele tempo.
Raramente há um mínimo de consenso a respeito. O que é moral hoje, pode ser tido como imoral amanhã, e vice-versa. Há, contudo, princípios de conduta que intuitivamente sabemos que não devem ser violados, em qualquer ocasião e por nenhum motivo.
Um deles, transmitido pelo Mestre dos Mestres, (que entendo ser fundamental), é o que preceitua que não devemos fazer ao próximo o que não queremos que ele nos faça. Simples assim. E, em contrapartida, precisamos ter, sobretudo, atitude positiva a esse respeito. Ou seja, aplicar a contrapartida, o “vice-versa” desse princípio. Claro que se trata de “fazer” aos outros o que queremos que outros nos “façam”. Intuitivamente, bem no fundo da consciência, temos a noção exata do que significa ser “moralmente puro”. Se não o somos, não é por desconhecimento ou confusão.
Quanto a ser fisicamente asseado, isso requer poucos comentários, porquanto não há grandes dificuldades em entender o que significa. “Asseio”, neste caso, não se refere, apenas, à limpeza do nosso corpo (o tomar banho diariamente, escovar os dentes após as refeições, manter o ambiente em que vivemos sempre limpo etc., que, na verdade, são comezinhos princípios de higiene).
Deixamos de ser asseados, por exemplo, quando cultivamos maus-hábitos e adquirimos vícios, como o tabagismo, o alcoolismo e as drogas, todos, evidentemente, nocivos e que reduzem nossa longevidade. Ou quando nos esquecemos que nosso corpo é uma das mais sofisticadas máquinas que existem e que, por isso, requer ação contínua, permanente e controlada. Ou seja, precisa de exercícios na medida exata, nem em excesso e nem em falta. Ou quando nos alimentamos do que não é adequado e em quantidades aquém ou além da necessária. Tudo isso é, também, falta de asseio.
Notem que a primeira e a terceira norma referem-se exclusivamente a nós, às nossas características essenciais: mente e corpo. Ou seja, ao espírito e à matéria que nos constituem e nos caracterizam como animais. Já a segunda, tem a ver com nosso relacionamento social, com o que fazemos ou deixamos de fazer em relação aos nossos semelhantes.
Lembrem-se que, na vida em comunidade, também funciona, pelo menos em certa medida, o princípio da “ação e reação” da Física. Ou seja, “a toda ação corresponde uma reação”. Queremos que os outros ajam com justiça e solidariedade conosco? Devemos agir também desta forma em relação a eles, até para podermos cobrar tratamento igual. Se não o fizermos... Estaremos longe, muito distantes de ser “moralmente puros”.
Quais deveriam ser os princípios fundamentais, as normas gerais, as regras fundamentais, uma espécie de “Constituição”, de lei das leis de uma conduta reta, para que tivéssemos uma vida saudável, produtiva, sem conflitos e, sobretudo, longa?
O escritor russo, Anton Tchekov, definiu, com meridiana clareza, simplicidade e precisão, quais deveriam ser esses fundamentos (e concordo com ele). Afirmou, num de seus tantos textos: “Deve-se ser mentalmente claro, moralmente puro e fisicamente asseado”.
Convenhamos, raramente temos clareza mental. Poucas vezes conseguimos sequer definir, por exemplo (nem mesmo para nós próprios quanto mais para os outros) o que de fato queremos da vida. Mudamos, a todo o instante, nossas vontades, projetos e aparentes convicções, que se vêem, amiúde, abaladas por meras aparências, por teorias sem comprovação e por dúvidas mil que nos assaltam por temermos nos conhecer a fundo, assustados com o que possamos vir a descobrir.
Mas, sem clareza mental, não vamos a lugar algum. Andamos em círculos, desperdiçando nosso maior capital, o tempo, sem que sequer nos apercebamos de tão insensato desperdício. Ter um objetivo claro e saber porque queremos atingi-lo é essencial para definirmos um rumo. Como chegaremos a algum lugar se desconhecermos até o caminho que nos leva a ele?
Quanto à pureza moral... O que, de fato, ela significa? Cada povo, e cada época estabelecem, sem muito critério (não raro, sem nenhum), muitas vezes de forma até aleatória, o que é certo e o que é errado, em termos de conduta, naquela comunidade e naquele tempo.
Raramente há um mínimo de consenso a respeito. O que é moral hoje, pode ser tido como imoral amanhã, e vice-versa. Há, contudo, princípios de conduta que intuitivamente sabemos que não devem ser violados, em qualquer ocasião e por nenhum motivo.
Um deles, transmitido pelo Mestre dos Mestres, (que entendo ser fundamental), é o que preceitua que não devemos fazer ao próximo o que não queremos que ele nos faça. Simples assim. E, em contrapartida, precisamos ter, sobretudo, atitude positiva a esse respeito. Ou seja, aplicar a contrapartida, o “vice-versa” desse princípio. Claro que se trata de “fazer” aos outros o que queremos que outros nos “façam”. Intuitivamente, bem no fundo da consciência, temos a noção exata do que significa ser “moralmente puro”. Se não o somos, não é por desconhecimento ou confusão.
Quanto a ser fisicamente asseado, isso requer poucos comentários, porquanto não há grandes dificuldades em entender o que significa. “Asseio”, neste caso, não se refere, apenas, à limpeza do nosso corpo (o tomar banho diariamente, escovar os dentes após as refeições, manter o ambiente em que vivemos sempre limpo etc., que, na verdade, são comezinhos princípios de higiene).
Deixamos de ser asseados, por exemplo, quando cultivamos maus-hábitos e adquirimos vícios, como o tabagismo, o alcoolismo e as drogas, todos, evidentemente, nocivos e que reduzem nossa longevidade. Ou quando nos esquecemos que nosso corpo é uma das mais sofisticadas máquinas que existem e que, por isso, requer ação contínua, permanente e controlada. Ou seja, precisa de exercícios na medida exata, nem em excesso e nem em falta. Ou quando nos alimentamos do que não é adequado e em quantidades aquém ou além da necessária. Tudo isso é, também, falta de asseio.
Notem que a primeira e a terceira norma referem-se exclusivamente a nós, às nossas características essenciais: mente e corpo. Ou seja, ao espírito e à matéria que nos constituem e nos caracterizam como animais. Já a segunda, tem a ver com nosso relacionamento social, com o que fazemos ou deixamos de fazer em relação aos nossos semelhantes.
Lembrem-se que, na vida em comunidade, também funciona, pelo menos em certa medida, o princípio da “ação e reação” da Física. Ou seja, “a toda ação corresponde uma reação”. Queremos que os outros ajam com justiça e solidariedade conosco? Devemos agir também desta forma em relação a eles, até para podermos cobrar tratamento igual. Se não o fizermos... Estaremos longe, muito distantes de ser “moralmente puros”.
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