As obras de arte do passado, que sobreviveram às comoções políticas e sociais (como guerras, saques e destruição) e às múltiplas catástrofes (naturais ou provocadas pelo homem) são vozes de além-túmulo a nos testemunhar como eram, o que fizeram e como viveram nossos remotos ancestrais. Muita coisa, diria a maioria, se perdeu no tempo, privando-nos de preciosas informações sobre nossas origens. E esse mal é irremediável. O que se perdeu, é irrecuperável. Mas o pouco que restou tem duplo valor: o artístico e o documental. Essas obras são as mais confiáveis fontes em que o historiador contemporâneo pode “beber”, para nos trazer relatos razoavelmente precisos sobre povos, heróis, vilões, santos e tiranos dos primórdios da civilização. A “Ilíada” e a “Odisséia”, de Homero, nos falam, por exemplo, de como eram os gregos dos tempos heróicos. O mesmo ocorre com a “Eneida”, de Virgílio, sobre os romanos. São vozes de além-túmulo a nos instruir e orientar.
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