Consciência exemplar
Pedro J. Bondaczuk
Que bem seria se as manifestações de sentimentos, por parte dos adultos, tivessem a espontaneidade e a sinceridade das crianças! Na última quinta-feira, na Holanda, teve lugar, nas ruas de Haia, uma passeata antinuclear. Mas não foi um protesto qualquer, como tantos outros.
Milhares de crianças, de diversas escolas holandesas, portando cartazes, feitos rusticamente a mão, pediram às autoridades uma oportunidade para ter um futuro. Apelaram ao governo de seu país para que não aceitasse os mísseis “Cruise”, dos EUA, em seu território, cuja instalação está prevista para começar em meados do próximo ano.
O importante, nessa manifestação, é que ela não foi planejada. Aconteceu espontaneamente, sem que ninguém consiga identificar como e nem quem foi a primeira criança a aparecer na praça com um cartaz nas mãos.
A infeliz decisão norte-americana, tomada em fins de 1979, de instalar 572 mísseis nucleares de teatro, cujo objetivo declarado era o de equilibrar as forças de lançadores estratégicos na Europa, apenas acelerou a “minagem” do continente.
Nem bem Washington começou a remeter os primeiros Pershings II para a Inglaterra e a Alemanha Ocidental, e a União Soviética praticamente dobrou o número dos seus poderosos SS-20, instalando dezenas de baterias em territórios da Checoslováquia e Alemanha Oriental.
(Artigo publicado na página 19, Internacional, do Correio Popular, em 15 de abril de 1984)
Pedro J. Bondaczuk
Que bem seria se as manifestações de sentimentos, por parte dos adultos, tivessem a espontaneidade e a sinceridade das crianças! Na última quinta-feira, na Holanda, teve lugar, nas ruas de Haia, uma passeata antinuclear. Mas não foi um protesto qualquer, como tantos outros.
Milhares de crianças, de diversas escolas holandesas, portando cartazes, feitos rusticamente a mão, pediram às autoridades uma oportunidade para ter um futuro. Apelaram ao governo de seu país para que não aceitasse os mísseis “Cruise”, dos EUA, em seu território, cuja instalação está prevista para começar em meados do próximo ano.
O importante, nessa manifestação, é que ela não foi planejada. Aconteceu espontaneamente, sem que ninguém consiga identificar como e nem quem foi a primeira criança a aparecer na praça com um cartaz nas mãos.
A infeliz decisão norte-americana, tomada em fins de 1979, de instalar 572 mísseis nucleares de teatro, cujo objetivo declarado era o de equilibrar as forças de lançadores estratégicos na Europa, apenas acelerou a “minagem” do continente.
Nem bem Washington começou a remeter os primeiros Pershings II para a Inglaterra e a Alemanha Ocidental, e a União Soviética praticamente dobrou o número dos seus poderosos SS-20, instalando dezenas de baterias em territórios da Checoslováquia e Alemanha Oriental.
(Artigo publicado na página 19, Internacional, do Correio Popular, em 15 de abril de 1984)
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