A sós num lago
Pedro J. Bondaczuk
Nós dois, a sós, em um barco a remo,
pequeno, mas no qual cabem todos
os sentimentos e sonhos do mundo,
remando, suavemente, no meio
de um lago de águas translúcidas,
cristalinas e puras, que refletem –
espelhos encantados –
a luz do sol
e minha ânsia louca
que carece de humana expressão.
Quem dera que eu falasse a
linguagem dos anjos para
louvá-la, com mérito e verdade,
ó senhora da minha vida!
Você tão linda, com seu olhar
misterioso, que ilumina seu
rosto lindo, de menina-mulher!
Você sorri, sorriso misterioso
de Gioconda, onde vislumbro
ternuras e ligeira ironia
face o êxtase que me empolga.
Nas margens, no bosque repleto
de árvores e flores silvestres,
bandos de araras fazem algazarras:
trilha sonora do nosso momento
ímpar, de inesquecível fulgor.
Bentevis, intrometidos e indiscretos,
denunciam, sem pudor, nosso idílio,
particular, alheio a alheios olhares
e testemunhas inconvenientes,
É raro momento encantado, só nosso,
em que a Terra detém seu giro,
o tempo subitamente congela,
e o amor infinito justifica
vida, desejos, mundo... universo.
Momento traçado nos astros,
previsto antes de haver sol,
da lua sequer existir,
da Terra emergir da bruma
e refazer-se do caos.
Antes do casal original
e da horda de humanos
que ascende a bilhões.
Antes do concentrado
de matéria e energia
que precedeu o Big-Bang.
Pois nós dois, em um barco a remo,
pequeno, mas no qual cabem todos
os sentimentos e sonhos do mundo,
indiferentes ao tempo, e ao vento,
consolidamos nosso singular amor.
(Poema composto em Campinas, em 7 de setembro de 2011).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Nós dois, a sós, em um barco a remo,
pequeno, mas no qual cabem todos
os sentimentos e sonhos do mundo,
remando, suavemente, no meio
de um lago de águas translúcidas,
cristalinas e puras, que refletem –
espelhos encantados –
a luz do sol
e minha ânsia louca
que carece de humana expressão.
Quem dera que eu falasse a
linguagem dos anjos para
louvá-la, com mérito e verdade,
ó senhora da minha vida!
Você tão linda, com seu olhar
misterioso, que ilumina seu
rosto lindo, de menina-mulher!
Você sorri, sorriso misterioso
de Gioconda, onde vislumbro
ternuras e ligeira ironia
face o êxtase que me empolga.
Nas margens, no bosque repleto
de árvores e flores silvestres,
bandos de araras fazem algazarras:
trilha sonora do nosso momento
ímpar, de inesquecível fulgor.
Bentevis, intrometidos e indiscretos,
denunciam, sem pudor, nosso idílio,
particular, alheio a alheios olhares
e testemunhas inconvenientes,
É raro momento encantado, só nosso,
em que a Terra detém seu giro,
o tempo subitamente congela,
e o amor infinito justifica
vida, desejos, mundo... universo.
Momento traçado nos astros,
previsto antes de haver sol,
da lua sequer existir,
da Terra emergir da bruma
e refazer-se do caos.
Antes do casal original
e da horda de humanos
que ascende a bilhões.
Antes do concentrado
de matéria e energia
que precedeu o Big-Bang.
Pois nós dois, em um barco a remo,
pequeno, mas no qual cabem todos
os sentimentos e sonhos do mundo,
indiferentes ao tempo, e ao vento,
consolidamos nosso singular amor.
(Poema composto em Campinas, em 7 de setembro de 2011).
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