Monday, March 07, 2011




Ainda o meio ambiente

Pedro J. Bondaczuk

A propósito, ainda, da crônica em que destaquei que o meio ambiente (notadamente sua depredação inconsciente e burra) é pouco abordado como tema por quase todos os escritores, o leitor Aristeu Machado enviou-me um gentil e-mail, elogiando minhas observações. Ademais, concorda com a maioria das minhas colocações, embora entenda que a situação ainda não é tão dramática como a que pintei. Creia-me, amigo, é! E é muito pior do que destaquei.
De qualquer forma, agradeço a gentileza do Aristeu. Sempre é estimulante e confortador receber elogios, principalmente quando espontâneos e de quem sequer nos conhece pessoalmente. Quem não gosta?
Em seu e-mail, o leitor cita um livro, de um escritor nacional, em que o tema é explorado e até com dramaticidade. Trata-se de “Não verás país algum”, do também jornalista (e que jornalista!) Ignácio de Loyola Brandão.
Tenho esse exemplar, que li se não me engano em meados dos anos 60, em mãos. Acrescento que dele foi extraído um episódio que o autor transformou em conto e que deu título a um novo livro dele, intitulado “O homem do furo na mão”. Gosto muito desse escritor, um dos meus prediletos, aliás, como eu, oriundo do interior, da bela e progressista Araraquara, conhecida como “a morada do sol”.
Há, claro, outros tantos livros que têm o meio ambiente como pano de fundo, sobre os quais comentarei oportunamente. Agradeço, todavia, o Aristeu pela oportuna lembrança. Não me lembrava mais deste romance que, aliás, vou aproveitar para reler e assim refrescar a memória.
Se vocês se lembrarem de mais alguns livros que abordem o tema ou que o tenham como composição de cenário, não se acanhem e nem façam cerimônia. Mandem-me um e-mail que, na medida do possível, prometo responder. Sempre respondo. Não costumo deixar leitor algum na mão.
Julgo o tema dos mais relevantes e qualquer debate a respeito (claro, sempre sob enfoque literário) será sempre muito bem vindo. Melhor seria, caros leitores, se vocês se dispusessem a escrever textos a respeito, para serem publicados aqui, em nossa revista eletrônica (sugestão válida também, e principalmente, aos nossos colunistas) que tem penetração muito maior do que vocês possam imaginar.
Além da publicação direta na internet, várias pessoas imprimem cada edição do nosso Literário e a distribuem entre colegas de faculdade que não têm tempo ou sequer computador para nos acompanhar.
Por mais que agradeça a esses tantos amigos anônimos, ainda ficarei devendo. Será muito pouco pela generosidade de seu empenho em nos divulgar. Claro que isso só aumenta minha responsabilidade na seleção e edição dos textos a serem publicados, de sorte a trazer-lhes sempre o melhor que puder.
Quanto ao livro do Ignácio de Loyola Brandão, leia-o, pois vale a pena. Seu estilo é fluente, dinâmico e gostoso, e o romance é desses que quando começamos a ler, não queremos mais parar, enquanto não chegarmos à derradeira página.
Na época do seu lançamento, se não me engano, o livro do Ignácio chegou a se constituir num campeão de vendas. Pudera! É muito bom!

Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk

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