Saturday, September 11, 2010




Soneto à doce amada - LXXXVII

Pedro J. Bondaczuk


Eu hei de deixar da minha passagem
pela vida, como minha ciência,
o valor elevado da prudência
temperando a virtude da coragem.

Hei de viver meus sonhos plenamente,
pesquisar novo prisma da verdade,
e sem que eu fuja da realidade
buscar sondar a alma do presente.

Vou reter do tempo, amada, fragmentos,
furtar da morte as minhas emoções,
atirar minhas angústias aos ventos,

semear os exemplos das ações,
usar, com arte, meus conhecimentos
pra não morrer: viver nos corações.

(Soneto composto em Campinas, em 9 de outubro de 1976).

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