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Soneto à doce amada - LXXXVI
Pedro J. Bondaczuk
O modo sábio de viver o amor,
o amor real e sem hipocrisia,
é cultivá-lo, amada, dia-a-dia,
pois ele é uma delicada flor
que as geadas do desprezo consomem,
que o sol ardente dos ciúmes cresta,
que o despotismo conjugal infesta
de insetos e pragas, que o matam, comem.
É regá-lo, amada, com compreensão,
(e de regar não se esquecer jamais),
pulverizá-lo com pó da emoção
e podá-lo de excessos sexuais,
mantê-lo simples, arraigado ao chão
e nem cuidar, nem descuidar demais.
(Soneto composto em Campinas, em 15 de agosto de 1975).
Pedro J. Bondaczuk
O modo sábio de viver o amor,
o amor real e sem hipocrisia,
é cultivá-lo, amada, dia-a-dia,
pois ele é uma delicada flor
que as geadas do desprezo consomem,
que o sol ardente dos ciúmes cresta,
que o despotismo conjugal infesta
de insetos e pragas, que o matam, comem.
É regá-lo, amada, com compreensão,
(e de regar não se esquecer jamais),
pulverizá-lo com pó da emoção
e podá-lo de excessos sexuais,
mantê-lo simples, arraigado ao chão
e nem cuidar, nem descuidar demais.
(Soneto composto em Campinas, em 15 de agosto de 1975).
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