Tuesday, December 30, 2008

REFLEXÃO DO DIA


O dragão, ser mítico criado num tempo bastante remoto pela imaginação popular, teria a faculdade de expelir jatos de fogo pela boca. Claro que se trata de lenda e que jamais existiu ou poderia existir um animal assim. Em chinês, esse bicho imaginário leva o nome de long e, em japonês, de ryu. Mas o termo por nós utilizado deriva do grego “drakon”. Na mitologia chinesa, o dragão foi um dos quatro animais sagrados convocados por Pan Ku, o deus criador, para participarem da criação do mundo. A ele teria cabido criar a energia do fogo, que destrói, mas permite o renascimento (transformação). Seria, porém, possível o homem expelir chamas do seu corpo? Figurativamente, sim. Quem é dotado do dom do raciocínio, potencializado pela paixão, expele fogo pelos olhos. Ou seja, é convicto do que fala e do que faz e nunca se limita a pensar, mas age, com força, coragem e determinação. É a grande característica dos gigantes da espécie, dínamos do progresso e da civilização. Paulo Mendes Campos tratou com perícia do tema, na crônica “De um caderno: três escritores soviéticos”, publicada na revista Manchete, em 1967. Escreve, a propósito: “O dom do raciocínio quando misturado à dádiva da paixão faz com que as criaturas ponham fogo pelos olhos, como se uma coisa fizesse a outra arder indefinidamente. Lógica e paixão fazem um incêndio na alma. Pascal também devia botar fogo pelos olhos. E Spinoza”. E poderíamos aduzir uma lista enorme de figuras dotadas dessas características que se tornaram “imortais” na memória dos povos.

2 comments:

Anonymous said...

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Anonymous said...

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