Monday, December 29, 2008

REFLEXÃO DO DIA


O conceito de eternidade é um dos mais difíceis (senão impossíveis) de serem entendidos por nós, já que, óbvio, somos todos mortais e com tempo restrito (e desconhecido) de vida. Não conhecemos nenhum ser que já tivéssemos visto de perto ou de quem tivéssemos notícia que seja eterno. Que viva para sempre, sem sofrer os desgastes e os efeitos da passagem do tempo. Quando se fala em eternidade, o único parâmetro que nos vem à mente é Deus. Mas Este ninguém vê, embora sinta a sua presença e existência por todo o lado para o qual olhe por suas concretas manifestações. Vê-lo, porém, ninguém viu e nem poderia, tamanho é o seu esplendor e grandeza. Como só entendemos, de fato, as coisas pela experiência pessoal, quem disser que entende o sentido lato da palavra “eterno” só pode estar mentindo ou profundamente equivocado. Definições até que existem várias (na maioria, plausíveis), mas definir nem sempre significa entender. E este é o caso em que as duas expressões não se combinam. Para Anicius Manlius Torquatus Severinus Boethius (mais conhecido como Boécio), filósofo e estadista romano, eternidade é “interminabilis vitae tota simul et perfecta possessio”. Ou seja, “posse perfeita e simultaneamente total de vida interminável”. Definição perfeita! Mas no fundo da alma, com toda a sinceridade, é possível aferir se ela é correta ou não? Por qual parâmetro? Pois é! Definir não é, de fato, “entender”.

2 comments:

Anonymous said...

Very good!

Anonymous said...

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