A razão é a mais nobre, eficaz e principal faculdade humana. É a característica essencial que nos distingue dos demais seres viventes. Torna-nos “semelhantes” (mas nunca iguais, claro) a Deus. Não raro, porém, nos deixamos enganar pelos apelos dos instintos. Tornamo-nos escravos de incontroláveis paixões, nem sempre sadias e nobres, que nos induzem ao erro. Devemos ser determinados e nos submeter, única e exclusivamente, à voz da razão, irmã de todos os sentimentos nobres, como o amor, a justiça, a bondade e a solidariedade. Que bom seria se, ao cabo da nossa existência, não importa quanto tempo dure, pudéssemos dizer, convictos de estarmos sendo fiéis à verdade, como Antero de Quental, nestes versos com que abre o soneto “Hino à razão”: “Razão, irmã do Amor e da Justiça,/mais uma vez escuta a minha prece./É a voz de um coração que te apetece,/duma alma livre, só a ti submissa”.
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