Saturday, December 27, 2008

Soneto à doce amada - XI


Pedro J. Bondaczuk



Chovia. Tudo era triste.
A natureza chorava.
Cinza chumbo o céu estava:
foi no dia em que partiste.

Na casa, tudo vazio.
A ausência de emoção
acentuava a solidão.
O vento, fora, era frio.

Volta, minha doce amada,
parceira predestinada,
alma gêmea, estrela guia,

minha eterna namorada!
Era uma noite sombria.
Tudo era triste. Chovia...

(Soneto composto em São Caetano do Sul, em 19 de outubro de 1963).


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