A paz e a felicidade são dois bens que cada um tem que conquistar sozinho. Ninguém pode nos conceder essas venturas. Há pessoas, é verdade, que contribuem (e decisivamente) para a sua conquista e manutenção. Mas trata-se de tarefa individual, de cada um de nós, mediante nossas atitudes e, principalmente, nossa predisposição espiritual. A paz e a felicidade são tão solitárias quanto o nascimento e a morte. O filósofo português, Agostinho da Silva, escreve o seguinte, a esse propósito, em seu livro “Textos e ensaios filosóficos”, cuja leitura recomendo: “Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como ao nascer e no morrer, como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente”. E Ele está sempre presente na vida, inclusive dos descrentes, acalmando seus corações nos momentos mais agudos de dor e desespero e os predispondo à alegria e felicidade, mesmo à sua revelia.
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