Pedro J. Bondaczuk
As pessoas que me conhecem apenas pelos textos que publico, principalmente pelos mais recentes, da minha fase de maturidade, têm visão parcial e equivocada sobre como encaro a vida e o que acontece ao meu redor. Volta e meia sou “rotulado” de alienado, de sonhador, de indiferente às mazelas que se desenrolam mundo afora. Dizem, esses críticos ferozes e mal-informados (prefiro pensar que não sejam mal-intencionados) que vejo os fatos por um prisma cor-de-rosa. Que quando manifesto minha confiança na grandeza e inteligência do homem, não me dou conta da forme, dos vários tipos de tirania, da violência, das taras etc.etc.etc. que se multiplicam por aí.
Outros tantos classificam-me como escritor de auto-ajuda (que não sou), como se isso fosse algum demérito. Mostram que nada sabem a meu respeito, principalmente da minha trajetória profissional e intelectual. Fui, por quinze longos anos, comentarista político diário nos vários jornais que trabalhei. É verdade que essa função sempre foi secundária. Desde o início da minha carreira (e até hoje, felizmente) sempre fui editor, passando, praticamente, por todas as editorias que possam existir em mídia impressa. E, convenhamos, se tivesse essa visão estreita e parcial dos fatos, que me atribuem, se fosse o “alienado”, que me pintam, não teria passado, sequer, do primeiro emprego. Afinal, a matéria-prima de qualquer jornal é o que há de pior no ser humano: a violência, a prepotência, o cinismo, a corrupção, as taras, a vaidade etc.etc.etc.
Ocorre que em determinado ponto da minha trajetória jornalística concluí que nem tudo no mundo são desgraças, tragédias e patifarias. Que enquanto alguns cometem toda a sorte de maldades e atrocidades, outros tantos (diria, a maioria) se empenham na construção de uma sociedade mais justa, mais humana e mais solidária. E que, enquanto os perversos têm todo o espaço possível e imaginável nos meios de comunicação, os geradores de idéia, os criadores, os construtores de um mundo melhor, têm que se contentar com uma ou outra nota, em geral nos pés de página das várias editorias dos jornais, a despeito da relevância da sua atuação.
No meu entender, isso sim é alienação. Pior: é degeneração mental! É a aposta no negativo, no destrutivo, no bestial, no horripilante. Lembrei-me, quando decidi mudar o rumo da minha atuação jornalística (a subsidiária, de comentarista do dia a dia, reitero), de uma citação de Carl Gustav Jung (que li não me lembro onde) que diz: “Tudo o que acontece, seja como for, acontece no mesmo único mundo e é parte deste”. Ou seja, o bom não ocorre em um planeta e o mau em outro. Ambos se materializam neste mesmíssimo mundinho restrito, porém especial (especialíssimo). Para ser fiel à realidade, portanto, é indispensável dar peso igual aos dois aspectos do comportamento humano.
Nesse mister, como se vê, não poderia estar em melhor companhia. Afinal, o suíço Carl Gustav Jung, ao lado de Sigmund Freud, revolucionou o pantanoso campo do conhecimento do homem, desvendando o que lhe vai no íntimo, na alma, no inconsciente e subconsciente, se constituindo num dos maiores psiquiatras do mundo. Fundador da escola analítica de Psicologia, introduziu conceitos e expressões – usados hoje em profusão a ponto de se tornarem corriqueiros – como extroversão, introversão e inconsciente coletivo, entre outros.
A principal façanha de Jung, todavia, foi a de ampliar as visões psicanalíticas de Freud, revelando maior compreensão das motivações das pessoas em seus pensamentos, sentimentos e atos. Inovou, por exemplo, ao interpretar distúrbios mentais e emocionais não apenas como males congênitos, ou herdados, mas como uma tentativa das pessoas de buscar a perfeição (quer a pessoal, quer, e principalmente, a espiritual). Para tanto, deixou de lado teorias e jargões e baseou-se na intuição e, principalmente, na experiência pessoal em seus estudos.
Portanto, asseguro: não, meu gratuito e feroz crítico, não sou alienado e nem vejo a realidade sob nenhum prisma “cor-de-rosa”. Apenas amo a vida e acredito na racionalidade do homem. Basta atentar para a trajetória desse animal, misto fera e semi-deus, das primitivas cavernas às viagens espaciais. Alienação, pois, é não atentar para esse aspecto!
Não, meu querido leitor que tem a pretensão de me eleger seu guru, não sou escritor de auto-ajuda. Até porque, entendo que cada qual deve se ajudar a si mesmo, sem entregar o comando de seu destino a quem quer que seja. Sou, apenas, um jornalista vivido, um “macaco velho” que tem a certeza de que o bem e o mal andam juntos, misturados, em proporções variadas, mas ocorrem sempre, estritamente, no mesmíssimo mundo. Simples assim.
As pessoas que me conhecem apenas pelos textos que publico, principalmente pelos mais recentes, da minha fase de maturidade, têm visão parcial e equivocada sobre como encaro a vida e o que acontece ao meu redor. Volta e meia sou “rotulado” de alienado, de sonhador, de indiferente às mazelas que se desenrolam mundo afora. Dizem, esses críticos ferozes e mal-informados (prefiro pensar que não sejam mal-intencionados) que vejo os fatos por um prisma cor-de-rosa. Que quando manifesto minha confiança na grandeza e inteligência do homem, não me dou conta da forme, dos vários tipos de tirania, da violência, das taras etc.etc.etc. que se multiplicam por aí.
Outros tantos classificam-me como escritor de auto-ajuda (que não sou), como se isso fosse algum demérito. Mostram que nada sabem a meu respeito, principalmente da minha trajetória profissional e intelectual. Fui, por quinze longos anos, comentarista político diário nos vários jornais que trabalhei. É verdade que essa função sempre foi secundária. Desde o início da minha carreira (e até hoje, felizmente) sempre fui editor, passando, praticamente, por todas as editorias que possam existir em mídia impressa. E, convenhamos, se tivesse essa visão estreita e parcial dos fatos, que me atribuem, se fosse o “alienado”, que me pintam, não teria passado, sequer, do primeiro emprego. Afinal, a matéria-prima de qualquer jornal é o que há de pior no ser humano: a violência, a prepotência, o cinismo, a corrupção, as taras, a vaidade etc.etc.etc.
Ocorre que em determinado ponto da minha trajetória jornalística concluí que nem tudo no mundo são desgraças, tragédias e patifarias. Que enquanto alguns cometem toda a sorte de maldades e atrocidades, outros tantos (diria, a maioria) se empenham na construção de uma sociedade mais justa, mais humana e mais solidária. E que, enquanto os perversos têm todo o espaço possível e imaginável nos meios de comunicação, os geradores de idéia, os criadores, os construtores de um mundo melhor, têm que se contentar com uma ou outra nota, em geral nos pés de página das várias editorias dos jornais, a despeito da relevância da sua atuação.
No meu entender, isso sim é alienação. Pior: é degeneração mental! É a aposta no negativo, no destrutivo, no bestial, no horripilante. Lembrei-me, quando decidi mudar o rumo da minha atuação jornalística (a subsidiária, de comentarista do dia a dia, reitero), de uma citação de Carl Gustav Jung (que li não me lembro onde) que diz: “Tudo o que acontece, seja como for, acontece no mesmo único mundo e é parte deste”. Ou seja, o bom não ocorre em um planeta e o mau em outro. Ambos se materializam neste mesmíssimo mundinho restrito, porém especial (especialíssimo). Para ser fiel à realidade, portanto, é indispensável dar peso igual aos dois aspectos do comportamento humano.
Nesse mister, como se vê, não poderia estar em melhor companhia. Afinal, o suíço Carl Gustav Jung, ao lado de Sigmund Freud, revolucionou o pantanoso campo do conhecimento do homem, desvendando o que lhe vai no íntimo, na alma, no inconsciente e subconsciente, se constituindo num dos maiores psiquiatras do mundo. Fundador da escola analítica de Psicologia, introduziu conceitos e expressões – usados hoje em profusão a ponto de se tornarem corriqueiros – como extroversão, introversão e inconsciente coletivo, entre outros.
A principal façanha de Jung, todavia, foi a de ampliar as visões psicanalíticas de Freud, revelando maior compreensão das motivações das pessoas em seus pensamentos, sentimentos e atos. Inovou, por exemplo, ao interpretar distúrbios mentais e emocionais não apenas como males congênitos, ou herdados, mas como uma tentativa das pessoas de buscar a perfeição (quer a pessoal, quer, e principalmente, a espiritual). Para tanto, deixou de lado teorias e jargões e baseou-se na intuição e, principalmente, na experiência pessoal em seus estudos.
Portanto, asseguro: não, meu gratuito e feroz crítico, não sou alienado e nem vejo a realidade sob nenhum prisma “cor-de-rosa”. Apenas amo a vida e acredito na racionalidade do homem. Basta atentar para a trajetória desse animal, misto fera e semi-deus, das primitivas cavernas às viagens espaciais. Alienação, pois, é não atentar para esse aspecto!
Não, meu querido leitor que tem a pretensão de me eleger seu guru, não sou escritor de auto-ajuda. Até porque, entendo que cada qual deve se ajudar a si mesmo, sem entregar o comando de seu destino a quem quer que seja. Sou, apenas, um jornalista vivido, um “macaco velho” que tem a certeza de que o bem e o mal andam juntos, misturados, em proporções variadas, mas ocorrem sempre, estritamente, no mesmíssimo mundo. Simples assim.
No comments:
Post a Comment