Vivemos na civilização da “pressa” nessa malfadada era dita de “globalização”. “Time is money”, afirmam do alto da sua arrogância os insensatos, que só pensam em ajuntar fortunas para que os descendentes as esbanjem. Confunde-se seriedade com tensão e inocência com tolice. Daí os consultórios de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas andarem tão abarrotados de clientes à procura de panacéias para seus males, que só eles poderiam curar. Vive-se muito mais, atualmente, do que há algum tempo, mas é uma vida sem objetivos e sem qualidade. Bertolt Brecht constata, atônito, sobre a realidade de hoje, nestes versos do poema “Aos que vierem depois de nós”: “Realmente, vivemos muito sombrios!/A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas/denota insensibilidade. Aquele que ri/ainda não recebeu a terrível notícia/que está para chegar.//Que tempos são estes em que/é quase um delito/falar de coisas inocentes?!”. Sim, amigos, que tempos são estes?!
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