Saturday, May 17, 2008

Soneto à frágil menina


Pedro J. Bondaczuk

Como se de rico e frágil cristal
fosse forjada, temo até tocá-la,
quando os olhares se cruzam na sala
iluminada de aura irreal.

Quando ela passa, cabelos ao vento,
a natureza desperta e sorri...
Eu pasmo, estático, parado ali
junto ao portão, em meu encantamento

esqueço deste mundo a infâmia imensa!
Pois em minha emoção, assaz intensa,
qual João Ramalho a contemplar Bartira,

me olvido deste orbe e sua mentira,
torno suaves os sons de minha lira
diante da sua mágica presença..

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