Friday, May 09, 2008

REFLEXÃO DO DIA


“Se o amor é o bem supremo, como explicar o fato de muitas pessoas que amam serem autênticos feixes de maldade ambulantes?”. Ouço essa pergunta até com uma certa freqüência por aí e tentarei explicar na medida do meu entendimento. Ocorre que este não é um sentimento estático e uniforme. Tem múltiplas manifestações e intensidades. Amor completo, na minha concepção pessoal, é apenas o divino. Entre os seres humanos, ele apresenta infinitas gradações. Se fosse possível a alguém sentir amor absoluto e irrestrito, e não apenas por determinada pessoa, mas por “todas”, jamais haveria o mínimo espaço para maldade em seu coração. Como não é... Há muitas outras respostas para essa aparente contradição, todas plausíveis e lógicas. A que mais me convence, todavia, é a do escritor alemão Herman Hesse, que constatou: “O mal surge sempre quando o amor não é suficiente”. Creio que aí esteja a explicação. Ou seja, na insuficiência, não na inexistência do amor.

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