Saturday, May 31, 2008

Soneto à doce amada - III


Pedro J. Bondaczuk

Minha doce amada é imensa a saudade
que me oprime nesta tarde sombria.
Terribilíssima é minha agonia
nesta busca incessante da verdade.

Qual destino nos reservam os fados?
Qual será nosso incógnito futuro?
As alegrias que tanto procuro
pra nós dois, e os sonhos aureolados

de luz poderão se tornar concretos?
Nesta agonia, neste turbilhão
de indagações, de desejos secretos,

desemboco na dúvida evitada:
terei força, charme, disposição
para a tornar só minha, doce amada?

(Soneto composto em Campinas, em 24 de fevereiro de 1969).

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