Saturday, May 24, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Nada é mais triste e desolador, mais digno de pena e de lamentações, do que uma vida de solidão, sem a magia do amor. Não ter com quem compartilhar alegrias e tristezas, risos e prantos, sonhos e ideais e os próprios corpos, é a forma mais cruel e desumana de abandono. Essa necessidade de partilha, de afeto e de cumplicidade é essencial, não somente para a perpetuação da espécie (no que é imprescindível), mas para uma vida equilibrada, produtiva e feliz. Podemos nos comparar a uma casa. Se nela houver a chama do amor, ela se mostrará sempre bela, viva, habitável e aquecida, mesmo que envelhecida. Se este fogo não existir, porém, mesmo que se trate de mansão, será como estes castelos-fantasmas que a tradição garante que existem: sombrios e decadentes. O poeta finlandês, Risto Rasa, escreve, nos versos deste poema minimalista, intitulado “Sou como uma velha casa”: “Sou como uma velha casa./Se deixares de me aquecer, eu vou cair no abandono”. E eu também...

No comments: