A vida é simples. Nós, porém, a complicamos, com desejos, temores e comportamentos que não raro descambam para o irreal. Embora ninguém seja auto-suficiente a ponto de poder viver sozinho, do nascimento à morte, a convivência com o “outro” é extremamente complicada. Há infinitas diferenças de temperamentos, aspirações, idéias e interesses que, na maior parte das vezes, são conflitantes e virtualmente inconciliáveis. Queiramos ou não, este é o maior desafio que temos, do berço à tumba: o da convivência harmoniosa e cooperativa, em vez dos antagonismos e controvérsias. Para que esse entendimento seja possível, porém, é necessária absoluta compreensão mútua. É indispensável que o diálogo substitua o conflito e que este, quando inevitável, ocorra em alto nível, com cada qual buscando a conciliação nas igualdades, mas sempre respeitando as diferenças. Jorge Amado constatou a propósito: “Se viver não é fácil, conviver é um desafio permanente”. E como é!
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