Sunday, August 27, 2006

REFLEXÃO DO DIA


Em nossos julgamentos, tomamos o que somos, fazemos e pensamos como parâmetro. Tudo e todos que forem como nós, são normais. Os que diferem, consideramos, no mínimo, exóticos, quando não risíveis. Ocorre que o inverso também é verdadeiro. Nossa aparência, comportamento e costumes provavelmente causam pasmo e risos nos que são diferentes de nós. É a constatação de Mário Quintana, no poema intitulado “Do inédito”, que diz: “E quando, morto de mesmice,/te vier a nostalgia de climas/e costumes exóticos,/de jornais impressos em/misteriosos caracteres,/de curiosas beberagens,/de roupas de estranho corte/e colorido, lembra-te que/para alguém nós somos/os antípodas: um remoto,/inacreditável povo do/outro lado do mundo,/quase do outro lado da/vida – uma gente de se/ficar olhando, olhando, pasmado.../Nós, os antípodas, somos assim”. No entanto, é possível, desejável e necessária a pacífica convivência dos contrários!

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