Thursday, August 17, 2006

REFLEXÃO DO DIA


Uma parte dos intelectuais, a ligada aos ideais de esquerda, decepcionada com o colapso do comunismo, perdeu sua bandeira predileta de luta. Por causa disso, abriu mão da utopia de uma sociedade sem classes e fechou-se em si mesma, como que numa concha, ao invés de procurar alternativas, como seria de se esperar. E não uma única, mas dez, vinte, cem, mil. Quantas a sua capacidade fosse capaz de engendrar. A outra parte, mais conservadora, transformou o mito do "mercado" numa panacéia universal. Apregoa o próprio "fim da história", no sentido da prevalência absoluta do liberalismo, alçado, desde a extinção da URSS, à categoria de dogma. Jura que este é a solução para tudo. Evidentemente não é. Basta que se olhe ao redor, para a evolução da miséria, para a desagregação da família, para o desemprego, para a crescente violência, para mostrar que isto que aí está não é ideal nem mesmo para o mais frenético dos masoquistas.

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