Tuesday, August 22, 2006
REFLEXÃO DO DIA
Vemos, com a maior facilidade, os defeitos alheios. Principalmente quando estes são satirizados, em verso ou prosa. Determinadas sátiras são tão precisas (ou tão ferinas?), que sequer é necessário citar o nome da pessoa de quem se referem. Isto, quando se trata, obviamente, dos “outros”. Quando os satirizados somos nós... raramente nos identificamos com o que está escrito. Mário Quintana fez essa constatação nestes deliciosos versos, que intitulou “Da sátira”, que dizem: “A sátira é um espelho: em sua face nua,/fielmente refletidas,/descobres, de uma em uma, as caras conhecidas,/e nunca vês a tua...”. Por isso, em vez de atentarmos para os defeitos alheios, devemos verificar (e, quando possível, corrigir) os nossos. É um princípio não somente de humanidade, mas, sobretudo, de sabedoria.
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