Monday, August 21, 2006
REFLEXÃO DO DIA
A poesia de Mário Quintana caracteriza-se, entre outras tantas virtudes, pelo bom-humor. Brincando, o poeta expressa as grandes verdades, mesmo em assuntos, digamos, um tanto lúgubres. Um exemplo disso é este poema “Da viuvez”, publicado em seu livro “Sapatos floridos”, que diz: “Ele está morto. Ela, aos ais./Mas, neste lúgubre assunto,/quem fica viúvo é o defunto...”. E não é verdade? Para quem fica, por mais saudades que sinta do companheiro, sempre haverá a possibilidade de um novo (e feliz, por que não?) relacionamento. Mas, para quem morre...Este, de fato, é quem deve ser considerado o viúvo.
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