Pedro J. Bondaczuk
Noite, açoite, solidão,
tarde fria, agonia,
lua nua pastoreia
mil estrelas na amplidão.
Em cada canto uma sombra,
um fantasma, uma saudade,
em cada estrela uma rima
e em cada rima, você...
Em cada rede que balança,
em cada flor que desabrocha,
em cada lágrima da noite
há um fantasma, uma saudade,
há o mistério de você...
Vagalume vagamundo,
frio olhar do moribundo,
"mundo, mundo, vasto mundo"...!
Noite, açoite, solidão!
(Poema publicado na "Gazeta do Rio Pardo", em 5 de maio de 1968).
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