Saturday, June 09, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Algumas saudades, dessas gostosas de se sentir, por nos trazerem à lembrança momentos e pessoas inesquecíveis, à nossa revelia, findam por fugir da memória com o passar do tempo. Este, por sua vez, é um santo remédio da alma para os desgostos, dores e decepções. O poeta e saudoso amigo Mauro Sampaio, cujo terceiro aniversário da morte transcorreu em junho passado, expressou, com rara beleza, essa situação, neste curto, porém sensível, poema, denominado “Transitório”: “Como são frágeis/ as eternas saudades!/ Bem-aventurado o Tempo!” Bem-aventurado fui eu, que pude privar da sua presença e usufruir da sua amizade e do seu incomparável talento! Apesar das “eternas saudades” serem tão frágeis, as que você me deixa jamais serão apagadas pelo tempo.

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