Pedro J. Bondaczuk
Há algo vibrando no ar.
Poema? Soluço? Canção?
Há algo vibrando no ar.
E agita os pilares velhos
da minha arcaica emoção.
E quer brotar,
como uma flor
na Primavera,
como sangue
em veias seccionadas,
como o sol,
em todas as manhãs.
Há algo vibrando no ar.
Anseio? Desejo? Intuição?
Há algo vibrando no ar,
como cordas de violino,
notas perdidas de piano,
folhas soltas ao léu,
afinado diapasão.
Há algo vibrando no ar
lutando para viver,
e se fazer concreto,
ganhar forma e cor
e se espraiar
em ondas de ternura,
na suprema ventura
do amor correspondido.
Vibra no ar algo estranho,
poderoso, desconhecido!
Idéia? Paixão? Saudade?
Na terra em que repousar
este triste versejador,
vão brotar flores... muitas,
milhares de flores...
brancas... azuis... amarelas...
vermelhas... todas as cores.
Vão brotar infinitas flores,
em indefinidos albores,
na saga do tempo
que se expressa dia-a-dia,
em meu frígido jazigo,
em pétalas delicadas, sutis.
Vão brotar harmonias,
metros delicados e raros,
rimas inspiradas e caras,
de encantos inexprimíveis:
São os versos que não escrevi!
Pois há algo vibrando no ar,
que procura se manifestar,
mas que não consigo exprimir...
(Poema composto em Campinas, em 21 de outubro de 1968).
Há algo vibrando no ar.
Poema? Soluço? Canção?
Há algo vibrando no ar.
E agita os pilares velhos
da minha arcaica emoção.
E quer brotar,
como uma flor
na Primavera,
como sangue
em veias seccionadas,
como o sol,
em todas as manhãs.
Há algo vibrando no ar.
Anseio? Desejo? Intuição?
Há algo vibrando no ar,
como cordas de violino,
notas perdidas de piano,
folhas soltas ao léu,
afinado diapasão.
Há algo vibrando no ar
lutando para viver,
e se fazer concreto,
ganhar forma e cor
e se espraiar
em ondas de ternura,
na suprema ventura
do amor correspondido.
Vibra no ar algo estranho,
poderoso, desconhecido!
Idéia? Paixão? Saudade?
Na terra em que repousar
este triste versejador,
vão brotar flores... muitas,
milhares de flores...
brancas... azuis... amarelas...
vermelhas... todas as cores.
Vão brotar infinitas flores,
em indefinidos albores,
na saga do tempo
que se expressa dia-a-dia,
em meu frígido jazigo,
em pétalas delicadas, sutis.
Vão brotar harmonias,
metros delicados e raros,
rimas inspiradas e caras,
de encantos inexprimíveis:
São os versos que não escrevi!
Pois há algo vibrando no ar,
que procura se manifestar,
mas que não consigo exprimir...
(Poema composto em Campinas, em 21 de outubro de 1968).
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