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Tenho em mãos um poema meu, que esteve perdido em uma gaveta por anos, que intitulei "Desafios", escrito em 1995. Gostei dele (embora você possa detestá-lo). Diz:
“Fazer da vida sinfonia heróica.
Calar a voz irada do instinto.
Dar harmonia a ásperas dissonâncias.
Criar beleza das sucatas do tempo.
Desafios. A batalha é solitária.
Drama ensandecido de zumbis
num palco composto por miragens.
Silêncio: um anjo agoniza
em copiosa hemorragia de luz.
Figuras soturnas, sombrias
vagam, ensimesmadas e mudas,
por vielas sombrias, fétidas,
perdidas nos meandros do vício.
Multidões desorientadas, em fúria,
vociferam slogans sanguinários,
mantras homicidas de violência:
rebelião de marionetes sem cabeça.
Fornalha que consome ilusões,
reduz a cinzas esperanças,
princípios, éticas e tradições.
Fazer da vida sinfonia heróica.
Calar a voz irada do instinto.
Dar harmonia a ásperas dissonâncias.
Desafios...Tarefas de uma vida...".
Imagens, puras imagens.
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