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O "vírus" da literatura entrou cedo em meu sangue, quando eu era muito garoto, tinha sete anos – se é que as garatujas que então perpetrei possam ser chamadas com essa pomposa designação – e nunca mais me largou. Minhas primeiras tentativas infantis foram exatamente no mais difícil dos gêneros, a poesia, através de versos com a linguagem de criança (não fui um menino prodígio), mas que tinham lá a sua força poética. Meus pais devem ter guardado aqueles primeiros rabiscos e com orgulho. Muitas vezes repudiei-os, por questão de vaidade. Hoje, maduro, concordo que sejam preservados, pois foram a raiz de uma árvore que espero seja forte e frondosa e renda muitos frutos (e não me refiro a dividendos monetários, que é o que menos importa), no futuro (quanto mais remoto, melhor).
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