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O homem, sem que o perceba ou se dê conta, morre a cada dia para em seguida renascer. Daí não ser tão mitológico assim o mito da fênix, aquela ave egípcia que renasceria de suas próprias cinzas. A cada dia, somos os mesmos e no entanto somos um outro. Todas as células do organismo, seja de que tecido forem, se "auto-copiam", através da reprodução, passando para as sucessoras todas as informações de que dispunham. A cada manhã, portanto, somos pessoas renovadas, inclusive do ponto de vista físico. Em termos mentais, nem se diga. Mudamos a cada instante. E infeliz daquele que não muda nunca, que se aferra a dogmas, a comportamentos superados pelo tempo, a maneiras arcaicas de pensar e de agir. Ninguém, todavia, "renasce" das próprias cinzas com maior intensidade e força do que o artista e, mais ainda, do que o poeta. Por isso, ele é tão especial e mágico.
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