Pedro J. Bondaczuk
Quando em meu quarto, silente e vazio,
à noite me recolho, tento, em vão,
olvidar minha imensa solidão,
meu desalento, tão amargo e frio...
Olho o seu retrato, bem junto à cama,
voltado pra mim no criado-mudo.
Num curto instante, me esqueço de tudo,
e no meu olhar lampeja uma chama...
Mas, logo em seguida, relembro a pena
injusta e brutal a que me condena
em cada dia a Vida e, qual de Ló
a esposa, que em estátua de sal
se tornou, as lágrimas de cristal
que verto, tornam-me imóvel e só!!
(Soneto composto em 11 de novembro de 1967 e publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 11 de julho de 1970).
Quando em meu quarto, silente e vazio,
à noite me recolho, tento, em vão,
olvidar minha imensa solidão,
meu desalento, tão amargo e frio...
Olho o seu retrato, bem junto à cama,
voltado pra mim no criado-mudo.
Num curto instante, me esqueço de tudo,
e no meu olhar lampeja uma chama...
Mas, logo em seguida, relembro a pena
injusta e brutal a que me condena
em cada dia a Vida e, qual de Ló
a esposa, que em estátua de sal
se tornou, as lágrimas de cristal
que verto, tornam-me imóvel e só!!
(Soneto composto em 11 de novembro de 1967 e publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 11 de julho de 1970).
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